terça-feira, 5 de janeiro de 2010

azar de quem já nasceu borboleta









Desenhei.
Com lápis e papel desenhei.
O preto no branco desenhei.
O preto no peito pintei.
O preto na alma colei.

Mas do peito o preto tirei
e do verde a esperança peguei.
O amarelo no sorriso apliquei
e no nariz o vermelho preguei.
Agreguei, misturei, criei
e no azul as cores lancei.

E quanto mais preto, mais colorido.
E quanto mais morto, mais vivo.
E quanto mais infinito, mais findo.

É. azar de quem já nasceu borboleta...

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